Corrigindo: coragem.

Posted on 28 agosto, 2012 - 0 comentários -

Acaba quando tem que acabar.
Prolongar o fim é medo.
Eu vivo, mesmo sabendo que vai ter fim.
Não me peçam para não viver.
Não me peçam para viver aos poucos.
É isso que vocês chamam de intensidade?
Hoje eu percebo que nunca fui intenso.
Isso é como mundo contemporâneo me define.
O mundo do medo.
O medo do fim.
Das coisas.
Das pessoas.
As pessoas também tem um fim.
As relações tem um fim.
Eternas são apenas as lembranças.
Eu deixo. Deixo que me definam. Como intenso. Como precipitado.
Sim, eu sou ansioso.
Não, eu não sou intenso.
Se algo me faz bem, eu sinto falta.
Não há erro nenhum nisso.
Se eu conheço alguém que eu gosto, que eu me identifico, por que não querer ver novamente?
O que há de errado nisso?
E se eu quiser ver amanhã? E se eu quiser ver todos os dias? E se eu quiser ver várias vezes ao dia?

Me desculpem, o erro nunca esteve em mim.
Mãos lavadas.
Continuo sendo eu, mas não posso ignorar o que aprendi.
Só não me peçam para ser igual.

Continuarei persistindo.

As coisas vão.
As pessoas vão.
O mundo fica.

Continuarei vivendo, sem medo do fim, mesmo sabendo que dói.
Continuo.

Eu não sou intenso.
Eu sou corajoso.

Corre.
Foge.
Desiste.

Eu não.

Resisto.

Aos que foram embora.
Aos que levaram algo de mim.
E às partes suas que ainda estão comigo.

Assinado: Levy.

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