A Bernardo

Posted on 31 outubro, 2010 - 0 comentários -



Bernardo e a água. Amarela e colorida. Bernardo nadava sufocado pela falta de oxigênio. Estava acostumado. Estava tranqüilo. O gosto da água era azul. Igual sua cor. Nadava até o limite. E tinha limite. Uma barreira incolor em contraste com a água amarelada. Sim, a barreira era incolor e Bernardo gostava de tocar seus lábios na barreira marcando seu limite. Bernardo era livre e aquele era seu mundo. Bernardo era azul e amarelo. Amarelo da água. Ao nadar, deslizava por entre as comidas apodrecidas de seu mundo. Bernardo era livre, até onde sabia. Bernardo era livre e azul. E amarelo, da água. Bernardo era ali e era só. E existia. Bernardo era monólogo. Existia e nadava livremente em seu mundo. Era pequeno, mas era seu. Era todo seu. Bernardo era peixe. Era fêmea. Era livre até onde sabia.


Inspirado por Pedro a ou Pedro v ou o dono de Bernardo.

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