1 miligrama de atemporalização

Posted on 25 dezembro, 2009 - 0 comentários -

A cápsula do tempo foi deslacrada. As antenas parabólicas ganharam de presente uma visão. As infinitas telhas vermelhas ficam apreteadas, como meu interior. Eu como o meu interior. O meu interior me come. O pão de cada dia nos daí hoje. Nunca passei um dia sem a comida, mas ela já passou vários dias sem o eu. Quando não sou eu que faço o barulho, me incomodo. Sou egoísta? Sou humano. Sou estranho. Sou atemporal. Sou nativista. Sou ativista. Canibalista. Calem suas bocas. Agora sou só. Esta dimensão é minha. A rede que antes balançava, parou ao meu pisar. Abro a minha porta e entro em mim, onde não há segundos e terceiros. Escondo-me de mim mesmo. Não vou ser encontrado. E que seja feita a minha vontade.

There has been 0 Responses to '1 miligrama de atemporalização' so far

Leave a Reply