aos meus amigos

Posted on 21 fevereiro, 2012 - 1 comentários -

Esquecer. Esse é o meu atual objetivo. Não serei mais tão claro em meus escritos. Preciso ter a dificuldade em ser entendido. Preciso não ser claro e objetivo. Hoje percebo o quanto a clareza atrapalha. O quanto a clareza é mais do mesmo. A minha respiração está ofegante. Meus dedos digitam sem que a minha mente perceba. Estou no andar de cima de uma casa duplex. Uma casa em que vivi coisas muito lindas, a casa de um alguém que me suportou durante todos esses anos. Eu sei que sem ele eu não seria metade do que eu sou. Foi com ele que compartilhei vivências tão fundamentais e sei que sem aquelas experiências eu seria o mesmo de 5 anos atrás. Ou talvez não, mas não seria o atual eu. Seria outro. Estar com amigos, nesses momentos, é fundamental. É preciso conhecer a amizade e saber o que ela significa. Ser amigo não é apenas receber ou oferecer. Ser amigo é estar, apenas isso. Muitos culpam os amigos pelos erros do passado. Eu não serei um desses. Eu terei o prazer de agradecer aos meus amigos pela minha formação pessoal, por terem me ensinado o bom e o ruim e por terem vivido comigo e me conhecido além da minha superfície, além dos meus erros e além dos meus acertos. E o mais importante, terem me dado milhares de segundas e terceiras chances. Agradeço aos meus amigos pelos carões e pelos esporros. E principalmente, pela chance de estar, hoje, ao lado deles. Nunca julgarei vocês erroneamente. Eu sei quem vocês são e é com vocês que eu preciso estar agora. Eu não conheço a minha predestinação, mas espero tê-los sempre em minhas lembranças.

Com amor.

There has been 1 Responses to “aos meus amigos”

  1. Maurileni Moreira (Maura) says:

    amigos é estar, apenas. e nada pedir em troca.
    amigos é estar, tão somente, mesmo sem pedir nada em troca.
    amigos é estar, metidamente, pedindo estar de volta.

    ...
    também me causo ascos essas ideias de clarezas, essas ideias de coerências, essas ideias de concordância - seja de gênero, de linguagem artística, de gramática... seria tão bom se pudêssemos dar asas a tão pisoteada imaginação sem que para isso nos confundissem com a ficção... nem sempre somos o que escrevemos, nem sempre somos só o que escrevemos. tem mais, e é desse mais, dessa profundidade não cartesiana, e, sim dionisíaca que nos embalamos nessa contemporaneidade de pós, de moderno, de pós-modernos... que seja! quão importa! antes tínhamos líderes. hoje temos seguidores. eu sigo seus pensamentos, sou de acordo, sou conivente, eu compro a tua ausência, e se quiser, compro até sua presença... tenho tido cada vez menos ordem nos meus dias... a palavra se esvai e vou querendo cada vez mais o vazia de estar. estar e não pensar. estar e ser tão somente um seu, uma sua, um quê de liquidez feminina...

    adoro sua escrita!
    parabéns, meu querido!

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